Quando postei o diário da minha dieta vegana de 21 dias, mencionei a dieta “low-carb”, calcada no consumo exclusivo de carboidratos de queima lenta (especialmente leguminosas), legumes e verduras, e algumas porções de frutos secos. Para saciar a vontade de comer doces, o criador da tal dieta, o polêmico Tim Ferris, sugere que se consuma colheradas noturnas de Almond Butter, uma pasta obtida com a moagem da amêndoa, parecida com a popular pasta de amendoim.
Vai daí que, se você não faz a dieta do low carb, comer a tal da pasta às colheradas (irresistível tentação), pode ser low em carbs, mas é high em calorias. E, ainda que mais saudável que um mero brigadeiro de colher, algo a ser feito com parcimônia.
Lembrei de uma receita de “sheet cake” (bolo mais fininho, primo do brownie), que fiz há tempos com o famoso Peanut Butter, que para ser bom de verdade tem de ser 100% natural, feito apenas com amendoins; nada de gordura vegetal ou outros emulsificantes. Aqui no Brasil é raríssimo encontrar. Almond Butter então, nunca nem vi. Não achei nenhuma receita empolgante de Almond Butter Sheet Cake. Para dar um fim digno ao pote que trouxe de viagem recente, ou incentivar o consumo coletivo e inibir o meu consumo individual, pesquisei receitas de cookies feitos com essa maravilha. Testei duas, aprovadas pela comunidade e pela família, que compartilho aqui.
A primeira ficou um pouco molenga demais, mas tem o charme da canela. Eu excluí os chips de chocolate amargo, e adicionei amêndoas em lâmina levemente tostadas, porque um “crunch” a mais não faz mal.
Já a segunda, resultou num cookie com um look semi-profissional, mas a receita leva shortening (gordura vegetal hidrogenada), o que o torna um tanto mais pesado na consciência (e nas partes com tendência a acúmulo de gordura também ;P)
Confesso, entretanto, que não fiquei convencida. A colherada na calada da noite, a la Nigella, ainda me parece a melhor maneira de consumir esse néctar…
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